Assentados participam de oficina sobre enriquecimento da caatinga

Equipe de ATES da COONAP | 07:10 | 0 comentários

Nesta terça (12) agricultores participaram da oficina sobre enriquecimento da caatinga, no Assentamento Pequeno Richard em Campina Grande.  A oficina aconteceu no lote do assentado João Ivo, onde participou cerca de 20 agricultores dos assentamentos Bom Jesus em Barra de São Miguel, Serra do Monte em Cabaceiras, Assentamento Vitória e Venâncio Tomé em Campina Grande.

A engenheira florestal Aline Valéria Sousa da Cooperativa de Trabalho Múltiplo de Apoio às Organizações de Autopromoção (COONAP) ressaltou a importância da oficina “este é um momento para que possamos compreender e conhecer o sistema agroflorestal, ver o quanto é importante plantar diversificado unido mata nativa, agricultura e forragens, trabalhando sempre a favor da natureza. Hoje nos iremos observar este sistema aqui no lote de Seu João Ivo que é uma referência nesta prática” afirma a engenheira.

A oficina foi ministrada pelo engenheiro agrônomo do Instituto Nacional do Semiárido (INSA) João Macedo, que iniciou com uma breve explanação sobre o sistema agroflorestal, o engenheiro ainda explicou que o objetivo da atividade é verificar o sistema existente no lote e observar como pode ser feito um melhor enriquecimento da área.

Durante a oficina foi feito o plantio de cerca de 50 mudas de espécies que ainda não existiam no lote de seu João Ivo ou existia em uma quantidade mínima, foram plantadas: 20 gliricidias, 10 canafistas, 01 oiticica, 05 aroeiras, 02 marizeiras, 02 umburanas de cheiro e 02 umbuzeiros.  Após o plantio foi feito o coroamento prática que consiste em fazer a campina ao redor da planta, e em seguida os agricultores colocaram uma camada de cobertura de resíduos de plantas sobre a superfície do solo, para reter a umidade, protegê-lo da insolação e do impacto das chuvas. Durante o plantio dos umbuzeiros na mata, o engenheiro João Macedo ressaltou que ao plantar o umbuzeiro e realizar o coroamento e cobertura morta, estas práticas contribuem para que a planta venha a dá frutos mais cedo, o que antes seria cerca de 10 anos ou mais, hoje com estes cuidados ela chega a dá frutos com 7 anos, explicou o agrônomo.

Após o plantio o grupo de assentados conheceu a mata que existe no lote, e iniciaram o processo de raleamento que está relacionado ao sistema agroflorestal, no qual consiste em retirar as plantas em excesso deixando assim espaço suficiente para o desenvolvimento das demais, durante este processo foi retirado às espécies de marmeleiro.

No período da tarde o assentado Joao Ivo relatou as suas experiências, momento em que foi entregue aos participantes da oficina o Boletim de Experiências “Semeando Experiências”, produzido pelo INCRA e a COONAP, sobre a história do assentado João Ivo e de sua família, em sua fala seu João ressaltou a importância de receber visita em seu lote “para mim é uma felicidade receber visita no nosso lote, foi um momento rico de aprendizado e troca de conhecimento” afirmou o assentado. Ao final foi feito uma avaliação da atividade, para a jovem assentada Maria Eduarda (16) do Assentamento Bom Jesus “a atividade foi muito proveitosa, pois tive a oportunidade de adquirir experiências aqui, que não se ver na escola nem na universidade, e estas experiências são valiosas demais para nós jovens”, Concluiu. 


De acordo com o diretor técnico da COONAP José Diniz dentro do plano de trabalho da COONAP através do contrato de assistência técnica com o INCRA, será implantada uma unidade demonstrativa (UD) de sistema agroflorestal no Lote de João Ivo. Diniz ressalta que serão realizadas mais 04 oficinas sobre o enriquecimento da caatinga em outros assentamentos do lote 05 da Borborema. 



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