Fundos ambientais abrem chamadas para a Caatinga
Agricultores da reforma agrária interessados no manejo florestal e industrias que consomem lenha e carvão podem enviar projetos até 12 de agosto
O Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF) e o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC) lançaram na última quarta-feira, 11/07, duas novas chamadas de projetos que vão contribuir para a sustentabilidade da cadeia da lenha e do carvão no Nordeste, região que tem cerca de 30% da matriz energética formada por esses produtos florestais.
A estratégia dos Fundos – geridos pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), respectivamente – é apoiar, de um lado, agricultores da reforma agrária com assistência técnica para a produção de lenha e carvão por meio do manejo florestal. E, de outro, as empresas que consomem esses insumos no aquecimento de fornos, para que alcancem uma maior eficiência no uso desses recursos florestais.
Podem ser beneficiados agricultores familiares do Seridó, Médio Sertão e Cariri Ocidental, na Paraíba, e do Sertão do Apodi, no Rio Grande do Norte. Para as empresas, as regiões – com exceção do Cariri Ocidental –, são as mesmas, acrescidas do Agreste Meridional de Pernambuco. O prazo para envio vai até 12 de agosto.
Os locais escolhidos têm, em comum, uma grande demanda por produtos florestais para o abastecimento de polos industriais têxtil, de cal e de cerâmica. A lenha, o carvão e resíduos florestais chegam a representar cerca de 90% da energia utilizada na fabricação desses produtos, segundo Anuário Estatístico 2011 do Ministério de Minas e Energia.
Dignidade
Os assentados que forem atendidos ajudarão a prover lenha legalizada e sustentável no mercado. Os benefícios, porém, não são só econômicos. “O manejo traz, junto com a legalização, dignidade para os agricultores, que vão cortar lenha com segurança e assistência técnica. E quem tem plano de manejo, obrigatoriamente, vai ter reserva legal averbada e área de proteção ambiental respeitada, senão o plano não é aprovado”, afirma o chefe da Unidade Regional Nordeste do SFB, Newton Barcellos
Os assentados que forem atendidos ajudarão a prover lenha legalizada e sustentável no mercado. Os benefícios, porém, não são só econômicos. “O manejo traz, junto com a legalização, dignidade para os agricultores, que vão cortar lenha com segurança e assistência técnica. E quem tem plano de manejo, obrigatoriamente, vai ter reserva legal averbada e área de proteção ambiental respeitada, senão o plano não é aprovado”, afirma o chefe da Unidade Regional Nordeste do SFB, Newton Barcellos
Já as empresas que tiverem seus projetos escolhidos contarão com assistência para aumentar a eficiência energética dos seus processos de produção. De acordo com o coordenador do FNDF, Fábio Chicuta, “mudanças na estocagem, secagem e separação da lenha, aliada à adaptações nos fornos, por exemplo, melhoram o uso do insumo energético, reduzem custos e evitam desperdício”.
Polos
O Seridó e o Médio Sertão, na Paraíba são conhecidos pela concentração de empresas de cerâmica vermelha, segmento da indústria que, em todo o Nordeste, utiliza cerca de 8 milhões de metros cúbicos de lenha por ano.
O Seridó e o Médio Sertão, na Paraíba são conhecidos pela concentração de empresas de cerâmica vermelha, segmento da indústria que, em todo o Nordeste, utiliza cerca de 8 milhões de metros cúbicos de lenha por ano.
A importância de investir em lenha produzida de forma sustentável fica mais evidente ao se avaliar o crescimento do consumo de produtos de cerâmica vermelha, como telhas, tijolos, lajotas e tubos. Em 2006, o número de peças consumidas per capita no país era de 368. Em 2010, saltou para 444,5 unidades per capita.
No Cariri Ocidental, a lenha produzida abastece pequenos empreendimentos locais, mas a região tem surgido como uma fornecedora para empresas de fora da Paraíba. No Sertão do Apodi, no Rio Grande do Norte, a demanda mais forte vem das indústrias de cal.
No Agreste Meridional de Pernambuco, o setor têxtil demanda enorme quantidade de lenha para aquecer caldeiras utilizadas no processo produtivo. O Agreste Pernambucano é o segundo maior produtor têxtil do Brasil.
No Cariri Ocidental, a lenha produzida abastece pequenos empreendimentos locais, mas a região tem surgido como uma fornecedora para empresas de fora da Paraíba. No Sertão do Apodi, no Rio Grande do Norte, a demanda mais forte vem das indústrias de cal.
No Agreste Meridional de Pernambuco, o setor têxtil demanda enorme quantidade de lenha para aquecer caldeiras utilizadas no processo produtivo. O Agreste Pernambucano é o segundo maior produtor têxtil do Brasil.
Confira as chamadas em www.florestal.gov.br/ chamadasfndf
Serviço Florestal Brasileiro
Assessoria de Comunicação
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