Nesta quarta (19), assentados/as estiveram reunidos no Assentamento Cachoeira Grande no município de Aroeiras, em um intercâmbio para trocas de experiências sobre horticultura. No encontro estavam cerca de 30 participantes dos Assentamentos José Antônio Eufrouzino, Vitória, Venâncio Tomé, Santa Cruz e Pequeno Richard todos localizados na região de Campina Grande.

 A atividade é uma realização da Cooperativa de Trabalho Múltiplo de Apoio às Organizações de Autopromoção (COONAP), através do contrato de assistência técnica com o Incra/PB. O engenheiro agrícola da COONAP Jorge Jacó Alves Martins ressaltou, “é através destas atividades que os assentados têm a oportunidade de trocar saberes, este é o propósito do intercâmbio, levar os assentados para conhecer experiências exitosas para que sirvam de incentivo. Este tipo de atividade busca atender às necessidades dos agricultores quanto às novas tecnologias que estão à disposição e execução pela COONAP, como também com o meio para conhecer a eficácia e êxito dessas tecnologias implementadas nos assentamentos”.

O intercâmbio aconteceu no lote de Celso Ferreira, onde os assentados conheceram a experiência
bem sucedida da produção de horticultura ao redor de casa. Durante a atividade Celso explicou como deu início a atividade que é fruto de uma Unidade Demonstrativa de Horticultura (UD) implantada pela COONAP, segundo ele a cisterna calçadão que conquistou contribuiu muito para o manejo da horta. “A dificuldade era grande, mas depois da cisterna e da horta a qualidade de vida da minha família mudou, aqui nos produzimos sem agrotóxicos, além termos uma alimentação saudável na nossa mesa, também comercializamos na Agrovila do assentamento”, explica o assentado.

Os assentados conheceram a horticultura da família de Celso que possui 12 canteiros econômicos, onde foi explicado todo o processo de construção dos canteiros econômicos, no qual são feitos com paredes de tijolos e revestidos com uma lona plástica, no interior do canteiro é colocado um tubo de PVC com furos que é responsável pela distribuição da água na terra já adubada. Esta tecnologia é simples e reduz o consumo de água e diminui a evaporação, fazendo com que o canteiro permaneça mais tempo úmido como explica o assentado Celso “nestes 12 canteiros eu gasto apenas 120 litros de água por dia, com este sistema eu economizo bastante água, além disso, procuro irrigar no final da tarde porque fica a noite inteira molhado”,  afirma Celso.


Ao finalizar o intercâmbio o assentado Celso agradeceu a vista dos agricultores e agricultoras em seu
lote “nós temos coisas diferentes para trocar, o agricultor é um guerreiro, pois onde ele ver uma coisa interessante ele quer aprender, e logo coloca em prática. Receber vocês em meu lote é muito gratificante e mais gratificante ainda é ter o que mostrar e ver que vocês se interessaram no que viram”, concluiu o assentado. Para o assentado José Ricardo Silva “esses intercâmbios são proveitosos, pois adquirirmos mais experiências, eu vou receber uma cisterna calçadão e hoje com este aprendizado tenho condições de colocar em prática esta atividade em meu lote”, afirmou o agricultor do Assentamento José Antônio Eufrouzino.  
Assentados e assentadas da região de Campina Grande estarão reunidos em um seminário sobre redes de proteção social básica e especial. O seminário será realizado no próximo sábado (22) das 08 às 17 horas no auditório do Salão de Artesanato em Campina Grande. O evento é uma realização da Cooperativa de Trabalho Múltiplo de Apoio às Organizações de Autopromoção (COONAP) através do contrato de assistência técnica com o INCRA/PB.

O seminário será ministrado pela assistente social Kaliandra Oliveira, tem como objetivo orientar os assentados e assentadas acerca dos direitos sociais para que estes possam ter acesso às políticas públicas existentes (saúde, educação, assistência social, segurança pública, habitação, entres outras) que muitas vezes, por falta de conhecimento e orientação têm seus direitos lesados ou dificultados.

A programação do seminário começa a partir das 08h com as inscrições, e em seguida será feita apresentação de cada participante e iniciado a discussão do tema direitos sociais, com o intuito de envolver todos os participantes com exibições de vídeos, dinâmicas e roda de diálogos acerca do tema. Já no período da tarde o tema debatido será a rede de proteção social que consiste na garantia de proteção e inclusão das famílias e indivíduos em situação de risco pessoal ou social que tenham sido violados ou ameaçados sejam inseridos na rede de proteção social local.

SOBRE A COONAP - A COONAP trabalha com empresas federais, estaduais e municipais e atualmente tem um contrato com o INCRA para assessoria e assistência técnica em assentamentos da reforma agrária. Como cooperativa de trabalho, a COONAP atua em diferentes eixos: Gestão de Recursos Hídricos, Gestão do Sistema Produtivo, Gestão em Sistema Associativista e Cooperativistas, Difusão e Criação de Tecnologias apropriada ao Semi-Árido, Manejo da Agrobiodiversidade, Beneficiamento e Comercialização de Produtos Derivados, Capacitação em Manejo Animal, Capacitação de Gênero, Artesanato, Capacitação Profissionalizante para Jovens e Adultos, Criação de Viveiros de Mudas de Espécies Nativas e Frutíferas, Produção Agroecológica e Análise e Elaboração de Projetos Produtivos e Sociais.


A Cooperativa de Trabalho Múltiplo de Apoio às Organizações de Autopromoção (COONAP), através do contrato de assistência técnica com o INCRA/PB, realizou na última quinta (13) a oficina sobre meliponicultura no assentamento Cachoeira Grande em Aroeiras. O evento contou com a participação de 20 agricultores e agricultoras dos assentamentos do lote cinco da Borborema.

A oficina faz parte do trabalhado permanente e continuado junto a esses assentados e assentadas, onde participaram de diversos momentos, dentre os quais um encontro de intercâmbio para troca de experiências no Assentamento Socorro, município de Areia, além da capacitação que aconteceu na sede da COONAP sobre criação de abelhas nativas sem ferrão (meliponicultura).

De acordo com a engenheira florestal da COONAP Aline Valéria, coordenadora da atividade “o objetivo maior destas capacitações é fortalecer a atividade, possibilitando uma renda a mais dentro da agricultura familiar, diversificando ainda mais o sistema produtivo que já existe nas unidades de produção familiar.” Afirma a engenheira.

Durante a oficina os assentados tiveram a oportunidade de conhecer os diversos modelos de caixas, bem como as vantagens e desvantagens de cada uma. Na ocasião também foi explicado à função da caixa que além de abranger e comportar as abelhas, também tem a função de proteger o enxame, além de poder abri-la e acompanhar a produção, conforme explica Leon Denis da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (EMEPA) que ministrou a oficina. No decorrer da oficina os assentados confeccionaram uma caixa, e em seguida foi feito a transferência de um cortiço de abelhas da espécie jandaira para a caixa, durante a transferência foram apresentados os cuidados e o material necessário para o manejo.

No período da tarde os participantes aprenderam técnicas de como fazer o alimento coletivo e artificial, qual o local apropriado para colocá-lo.  Além disto, também foi confeccionada uma armadilha para combater o florídeo (mosca) e apresentado os materiais higiênicos que devem ser utilizados durante a coleta e a maneira correta para o armazenamento do mel.

O evento foi finalizado com uma avaliação, Celso Ferreira do Assentamento Cachoeira Grande, ressalta que foi um momento proveitoso “estas capacitações para mim foi de grande importância, hoje eu aprendi a maneira correta de fazer a multiplicação e a transferência, eu só sabia criar abelhas nos trocos e hoje eu vi que não é correto, depois destas orientações eu mesmo vou fazer as transferências dos 11 troncos de abelhas que tenho para as caixas,” afirma o assentado. Já o assentado Jerônimo comenta que “foi um momento produtivo, desde o intercâmbio, depois a aula sobre a criação das abelhas nativas e hoje a parte prática, tudo foi interessante. Eu sempre tive vontade de criar abelhas sem ferrão mais não tinha conhecimento, mas agora depois de todo este aprendizado eu pretendo iniciar a criação em meu lote”, concluiu Jerônimo Sampaio do Assentamento Serra do Monte em Cabaceiras. 

A engenheira Aline Valéria ressaltou que após este processo de capacitação, os assentados serão assessorados pela COONAP no processo de transferência “sabemos que existem muitos cortiços para transferir, nós estamos à disposição para acompanhar todo o processo de transferência. Iremos realizar quatro oficinas onde abordaremos a temática de acordo com a necessidade dos meliponicultores”, finaliza.



No final da atividade todos os assentados que participaram do processo de capacitação, receberam o certificado de participação que equivale aos três momentos oferecidos durante a capacitação.




Nesta terça (12) agricultores participaram da oficina sobre enriquecimento da caatinga, no Assentamento Pequeno Richard em Campina Grande.  A oficina aconteceu no lote do assentado João Ivo, onde participou cerca de 20 agricultores dos assentamentos Bom Jesus em Barra de São Miguel, Serra do Monte em Cabaceiras, Assentamento Vitória e Venâncio Tomé em Campina Grande.

A engenheira florestal Aline Valéria Sousa da Cooperativa de Trabalho Múltiplo de Apoio às Organizações de Autopromoção (COONAP) ressaltou a importância da oficina “este é um momento para que possamos compreender e conhecer o sistema agroflorestal, ver o quanto é importante plantar diversificado unido mata nativa, agricultura e forragens, trabalhando sempre a favor da natureza. Hoje nos iremos observar este sistema aqui no lote de Seu João Ivo que é uma referência nesta prática” afirma a engenheira.

A oficina foi ministrada pelo engenheiro agrônomo do Instituto Nacional do Semiárido (INSA) João Macedo, que iniciou com uma breve explanação sobre o sistema agroflorestal, o engenheiro ainda explicou que o objetivo da atividade é verificar o sistema existente no lote e observar como pode ser feito um melhor enriquecimento da área.

Durante a oficina foi feito o plantio de cerca de 50 mudas de espécies que ainda não existiam no lote de seu João Ivo ou existia em uma quantidade mínima, foram plantadas: 20 gliricidias, 10 canafistas, 01 oiticica, 05 aroeiras, 02 marizeiras, 02 umburanas de cheiro e 02 umbuzeiros.  Após o plantio foi feito o coroamento prática que consiste em fazer a campina ao redor da planta, e em seguida os agricultores colocaram uma camada de cobertura de resíduos de plantas sobre a superfície do solo, para reter a umidade, protegê-lo da insolação e do impacto das chuvas. Durante o plantio dos umbuzeiros na mata, o engenheiro João Macedo ressaltou que ao plantar o umbuzeiro e realizar o coroamento e cobertura morta, estas práticas contribuem para que a planta venha a dá frutos mais cedo, o que antes seria cerca de 10 anos ou mais, hoje com estes cuidados ela chega a dá frutos com 7 anos, explicou o agrônomo.

Após o plantio o grupo de assentados conheceu a mata que existe no lote, e iniciaram o processo de raleamento que está relacionado ao sistema agroflorestal, no qual consiste em retirar as plantas em excesso deixando assim espaço suficiente para o desenvolvimento das demais, durante este processo foi retirado às espécies de marmeleiro.

No período da tarde o assentado Joao Ivo relatou as suas experiências, momento em que foi entregue aos participantes da oficina o Boletim de Experiências “Semeando Experiências”, produzido pelo INCRA e a COONAP, sobre a história do assentado João Ivo e de sua família, em sua fala seu João ressaltou a importância de receber visita em seu lote “para mim é uma felicidade receber visita no nosso lote, foi um momento rico de aprendizado e troca de conhecimento” afirmou o assentado. Ao final foi feito uma avaliação da atividade, para a jovem assentada Maria Eduarda (16) do Assentamento Bom Jesus “a atividade foi muito proveitosa, pois tive a oportunidade de adquirir experiências aqui, que não se ver na escola nem na universidade, e estas experiências são valiosas demais para nós jovens”, Concluiu. 


De acordo com o diretor técnico da COONAP José Diniz dentro do plano de trabalho da COONAP através do contrato de assistência técnica com o INCRA, será implantada uma unidade demonstrativa (UD) de sistema agroflorestal no Lote de João Ivo. Diniz ressalta que serão realizadas mais 04 oficinas sobre o enriquecimento da caatinga em outros assentamentos do lote 05 da Borborema. 




Disseminar o uso de tecnologias alternativas para o manejo sustentável dos recursos hídricos, incluindo o reúso da água utilizada nas residências para fins não-potáveis. Este é o objetivo das capacitações que estão sendo realizadas nos assentamentos paraibanos por técnicos da Cooperativa de Trabalho Múltiplo de Apoio às Organizações de Autopromoção (Coonap). A entidade, uma das seis contratadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para executar serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) na Paraíba, atende 31 assentamentos, onde vivem 1.207 famílias.
Na última quinta (30), no Assentamento Cachoeira Grande, município de Aroeiras, Agreste paraibano, foi realizada uma oficina de apresentação do plano de trabalho 2015 da Assessoria Técnica e Social (ATES) da Cooperativa de Trabalho Múltiplo de Apoio às Organizações de Autopromoção (COONAP). Participaram do encontro cerca 40 assentados, o plano foi apresentado pela equipe de técnicos que acompanha o assentamento.
A Cooperativa de Trabalho Múltiplo de Apoio às Organizações de Autopromoção (COONAP) em parceria com o INCRA/PB e a Prefeitura Municipal de Campina Grande juntamente com as Associações atuantes nos Assentamentos Vitória e Santa Cruz, ambos localizados na região de Campina Grande, elaboraram um projeto de infraestrutura para concorrer ao edital do INCRA.
 Unidade de beneficiamento de frutas é inaugurada na região de Areia-PB
Na última quarta (01/04) A COONAP (Cooperativa de Trabalho Múltiplo de Apoio as Organizações de Autopromoção) através do contrato de assistência INCRA/ATES, inaugurou a unidade demonstrativa de beneficiamento de frutas no Assentamento Emanoel Joaquim, localizado no município de Areia, região do Brejo paraibano.


A partir da assessoria realizada pelos técnicos da COONAP, percebeu se que o assentamento tinha potencial para criar uma unidade de beneficiamento de frutas, tendo em vista, que no local tinha um grande desperdício de frutas e os agricultores também sentiam a necessidade de adquirir uma renda extra, foi então que iniciaram as capacitações através da parceria entre a COONAP e o Sebrae, onde cerca de 10 agricultores/as participaram de duas oficinas de preparação e do curso de Beneficiamento de Frutas.
Um grupo de agricultores do Assentamento Emanoel Joaquim, localizado no município de Areia, região do Brejo paraibano, está participando até o dia 8 deste mês do Curso de Manipulação e Beneficiamento de Polpa de Frutas para que possam aproveitar as frutas típicas da região, entre elas, acerola, tangerina, maracujá, banana e abacaxi. Um dos assentados que estão participando do curso, Severino do Ramo Batista, que no seu lote planta caju, manga, laranja e banana, disse que começou a observar que o desperdício destas frutas era muito grande e decidiu, com os recursos do programa Brasil Sem Miséria, comprar uma máquina seladora de embalagens e um freezer para comercializar polpas. Agora, com o curso, disse ele, poderá realizar o sonho de se capacitar e produzir polpas em quantidades maiores para comercializar em feiras agroecológicas da região, inclusive a de Campina Grande, que é realizada todas as quintas-feiras, na Praça Clementino Procópio, no centro da cidade.

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